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Juventude no Brasil

Jovens praticando Capoeira - Programa Abrindo Espaços

Parcerias entre a Representação da UNESCO no Brasil e o governo têm tido um papel essencial na elaboração e implantação de uma política nacional para jovens, e também no estabelecimento de fóruns para a formulação, implantação e o monitoramento de programas direcionados à juventude, sob uma perspectiva de cooperação com a Secretaria Nacional de Juventude e o Conselho Nacional de Juventude.

Para maior entendimento sobre as causas dessa situação, em 1997, a Representação da UNESCO no Brasil criou uma linha de pesquisa sobre juventude, violência e cidadania. Com base nos resultados de estudos realizados até 2005, a equipe de SHS começou a elaborar estratégias para lidar com a violência entre jovens e promover sua inclusão social.

Como foi verificado que atos de violência envolvendo jovens aumentavam 68.2% nos fins de semana, em 2000, a Representação da UNESCO no Brasil estabeleceu um programa direcionado à abertura de escolas aos sábados e domingos, para que jovens e suas comunidades tivessem acesso a atividades culturais, esportivas e de lazer.

A efetividade do chamado Programa Abrindo Espaços foi tanta que, em 2004, sua metodologia foi adotada como política pública pelo governo federal, por meio de uma parceria com o escritório da UNESCO. Atualmente, o programa beneficia cerca de 4 mil escolas e 4 milhões de pessoas em todo o país, além de ser replicado na Argentina, em El Salvador, Honduras, na Guatemala, Nicarágua e na República Dominicana.

Merece destaque também o Programa Criança Esperança, implantado pela UNESCO desde 2004, em parceria com a TV Globo. Trata-se de um programa de mobilização social e de arrecadação de fundos, cujo ápice é um show anual transmitido pela emissora, com uma arrecadação de cerca de R$ 75 milhões, Ao longo dos anos, foram apoiados mais de 200 projetos que contribuem para disseminar as prioridades da UNESCO em todo o país. Em especial, são selecionados projetos nos municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e de baixo IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Os recursos arrecadados por meio do Criança Esperança permitem apoiar também, de forma permanente, quatro centros de referência no atendimento a crianças, adolescentes e jovens de famílias de baixa renda em quatro comunidades situadas em regiões de vulnerabilidade social. São os Espaços Criança Esperança (ECEs), nos municípios do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Olinda.

Os ECEs têm por objetivo contribuir para o fortalecimento dessas comunidades e seu entorno, desenvolvendo ações voltadas para a prevenção da violência urbana, a disseminação de uma cultura da paz e a promoção de direitos com a oferta de atividades artísticas, culturais, esportivas, de capacitação, cidadania
e de geração de emprego e renda.

O programa desempenha papel importante na melhoria da qualidade de vida de grupos vulneráveis, como afrodescendentes, populações indígenas, mulheres, crianças, adolescentes, jovens em situação de risco – como crianças de rua, portadores de HIV, usuários de drogas, vítimas de violência doméstica e sexual – e crianças, adolescentes e jovens com necessidades especiais.

A parceria com a TV Globo - que, em julho de 2008, foi renovada por mais seis anos – assegura alta visibilidade à UNESCO e contribui para disseminar os principais temas de seu mandato.

Como regra, intervenções de ONGs apoiadas pela UNESCO são aquelas que procuram valorizar talentos na comunidade e empoderar jovens, para que possam se tornar protagonistas do seu próprio futuro. Esse é o caso do Grupo Cultural Afroreggae e da Central Única das Favelas (CUFA), reconhecidos internacionalmente, que terão suas experiências estudadas pela London School of Economics and Political Science (LSE), em parceria com o escritório da UNESCO no Brasil e com apoio do Itaú Cultural e da Fundação Itaú Social, buscando desenvolver uma metodologia para sua replicação na pesquisa Sociabilidades Subterrâneas.

 

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