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Building peace in the minds of men and women

Bem-vindo ao Antropoceno!

Antropoceno, tecnosfera, grande aceleração, sexta extinção – muito está sendo escrito sobre essas ideias, tanto na imprensa quanto na literatura científica. Contudo, o que esses termos significam exatamente? Para começar, o que é o Antropoceno, exatamente? Quais são as implicações científicas, éticas e políticas desse conceito calorosamente debatido? O termo – anthropo para “humano”, e cene para “novo” – foi criado no final do século XX com o objetivo de denominar uma nova época geológica, na qual podemos ter entrado, após as mudanças significativas ocorridas no ecossistema da Terra como resultado das atividades humanas.


"Bad Dreams" (Pesadelos), parte de uma série pelos fotógrafos Guillaume Bression e Carlos Ayesta, na zona interdita em torno da usina nuclear de Fukishima, no Japão, no ano de 2013.

 

Estamos testemunhando o desaparecimento de espécies de animais e vegetais em um ritmo sem precedentes desde que a vida humana teve início. A tecnosfera, que engloba uma série de materiais tecnológicos que nós usamos, ou que usamos e descartamos – alcançou impressionantes 30 bilhões de toneladas. A mudança climática está afetando todos os aspectos de nossas vidas, inclusive a segurança, especialmente nas regiões mais vulneráveis do mundo.

Alguns consideram que essa nova época é a consequência de um sistema capitalista irresponsável, e preferem usar o termo Capitaloceno. Outros veem os seres humanos como uma força geológica, que poderia conduzir a uma sexta extinção muito antes de seu tempo. Todavia, a humanidade está realmente às margens de uma catástrofe?

Com previsões de catástrofes tão terríveis causando angústia generalizada entre as pessoas em todos os lugares, O Correio da UNESCO pediu a uma ampla gama de especialistas das ciências, incluindo geólogos e biólogos, e das ciências humanas – cientistas políticos, sociólogos, economistas e historiadores – para apresentar seus pontos de vista sobre a questão na seção Grande angular. Os especialistas vêm de diferentes origens geográficas e culturais, e evitaram o uso de jargão. Porém, caso alguém ainda se sinta perdido, foi incluído, para orientar o leitor, um glossário de palavras para essa nova era dos seres humanos.  

Na seção Ideias, três estudiosos reconhecidos internacionalmente ponderam sobre o conceito de diversidade Mireille Delmas-Marty, membro do Institut de France; Souleymane Bachir Diagne, filósofo senegalês; e Abdourahman Waberi, romancista e contista do Djibuti. Com esses artigos, O Correio marca as celebrações do Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento (21 de maio) e do Dia Internacional da Diversidade Biológica (22 de maio).


Bibi Russell prestou homenagem as mulheres artesãs de Barmer, Rajastão, cujo trabalho foi apresentado no desfile de moda durante a celebração do Dia do Rajastão no estado indiano, março 2017.

 

A Nossa convidada deste número é Bibi Russell, uma designer de moda de Bangladesh. Anteriormente uma supermodelo que vivia em Londres, ela abandonou as passarelas para se dedicar ao uso da moda para o desenvolvimento. Atualmente, ela trabalha na Índia ajudando jovens mulheres – algumas das quais foram traficadas quando crianças – a encontrar um rumo e começar uma nova vida.

Para marcar a Semana da África da UNESCO, no mês de maio, enfocamos os jovens das regiões Oeste e Sul do continente, em nossa seção de Atualidades. Após visitar Atenas, Capital Mundial do Livro de 2018, viajamos aos Territórios do Noroeste do Canadá, no outro lado do mundo, para conhecer o povo do Grande Lago do Urso, na Reserva da Biosfera Tsá Tué, criada e mantida pela comunidade indígena que vive lá..

Por fim, a seção Zoom nos convida a acompanhar um dia comum na vida de Qello, uma menina de 13 anos de idade na Etiópia, hora a hora..

O Correio da UNESCO celebra seu 70º aniversário em 2018. Cada edição deste ano apresentará um artigo que relembra essa extraordinária aventura. Nesta edição, Roberto Markarian, reitor da Universidade da República, no Uruguai, narra a história do papel que O Correio desempenhou em sua vida.

Jasmina Šopova, diretora editorial

 

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