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Alfabetização midiática e informacional (AMI)

© UNESCO

Os Estados-membros da UNESCO e as organizações internacionais devem facilitar a aquisição de habilidades básicas no uso de computadores para todos, popularizar a implementação do uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) para o desenvolvimento sustentável e a paz.

O empoderamento de pessoas por meio da Alfabetização Midiática e Informacional (Media and Information Literacy - MIL) é um importante pré-requisito para promover o acesso igualitário à informação e ao conhecimento, bem como sistemas de mídia e informação livres, independentes e plurais.

A Alfabetização Midiática e Informacional (AMI) reconhece o papel fundamental da informação e da mídia no nosso dia a dia. Ela está no centro da liberdade de expressão e informação, uma vez que empodera cidadãos a compreender as funções da mídia e outros provedores de informação, a avaliar criticamente seus conteúdos e, como usuários e produtores de informação e de conteúdos de mídia, a tomar decisões com base nas informações disponíveis.

A alfabetização midiática e a alfabetização informacional tradicionalmente são vistas como áreas distintas. A estratégia da UNESCO une essas duas áreas como uma combinação de competências (conhecimento, habilidades e atitude) necessárias para a vida e para o trabalho na atualidade. A MIL (ou AMI) considera todas as formas de mídia e outros provedores de informação como bibliotecas, arquivos, museus e internet, independentemente da tecnologia utilizada.

Foco especial é dado ao treinamento de professores para sensibilizá-los quanto à importância da MIL no processo educacional, possibilitando a integração da MIL em seus ensinamentos e fornecendo-lhes métodos, currículos e recursos pedagógicos apropriados.

A missão da UNESCO consiste em engendrar sociedades alfabetizadas em mídia e informação por meio de uma estratégia abrangente, que inclua a preparação do modelo em “Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação de professores”, a facilitação da cooperação internacional, o desenvolvimento de Diretrizes para Preparação Nacional em Políticas e Estratégias em MIL, articulação do Global Framework on MIL Indicators, o estabelecimento da University Network, a articulação e o estabelecimento de uma International Clearinghouse on MIL em cooperação com a Aliança de Civilizações das Nações Unidas, e a produção das Guidelines for Broadcasters on Promoting User-Generated Content and MIL.

Alfabetização midiática

A proliferação dos meios de comunicação de massa e de novas tecnologias provocou mudanças decisivas nos processos e no comportamento da comunicação humana. A alfabetização midiática visa a empoderar cidadãos, fornecendo-lhes competências (conhecimento, habilidades e atitudes) necessárias para envolver a mídia tradicional com as novas tecnologias, incluindo os seguintes elementos ou resultados de aprendizagem:

  • compreender o papel e as funções da mídia nas sociedades democráticas;
  • compreender as condições sob as quais a mídia pode exercer suas funções;
  • avaliar criticamente os conteúdos de mídia;
  • envolver-se com a mídia para se expressar e participar democraticamente; e
  • revisar habilidades (incluindo habilidades em TIC) necessárias para produzir conteúdos produzidos por usuários.

Alfabetização informacional

A Proclamação de Alexandria de 2005 descreve a alfabetização informacional e a aprendizagem ao longo da vida como as "luzes da sociedade da informação, iluminando os cursos do desenvolvimento, da prosperidade e da liberdade. A alfabetização informacional empodera as pessoas em todos os caminhos da vida para buscar, avaliar, usar e criar informações de forma efetiva para atingir seus objetivos pessoais, sociais, ocupacionais e educacionais. Este é um direito humano fundamental no mundo digital e promove a inclusão social em todas as nações".

A alfabetização informacional possibilita que as pessoas interpretem e façam julgamentos com base em informações, como usuários de recursos informacionais, além de torná-los produtores de informação sobre seus próprios direitos. As pessoas que sabem usar a informação, ou seja, que são alfabetizadas em informação são capazes de acessar informações sobre saúde, meio ambiente, educação e trabalho, empoderando-se assim para tomar decisões importantes sobre sua vida, como, por exemplo, responsabilizar-se por sua própria saúde e sua educação.

No mundo digital, a alfabetização informacional requer que os usuários tenham habilidades para utilizar tecnologias de informação e comunicação (TIC) e seus aplicativos para o acesso e a criação de informações. Por exemplo, a habilidade de navegar no ciberespaço e gerenciar documentos de hipertexto e multimídia requer tanto habilidades técnicas para usar a internet como habilidades de letramento para interpretar as informações.  

O acesso a conteúdos de mídia e informação de qualidade e participação em redes de mídia e comunicação são necessários para cumprir o Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Esse artigo também engloba outros direitos.

A UNESCO tem vasta experiência em fomentar a alfabetização midiática, como a Declaração de Grünwald, de 1982, a qual reconhece a necessidade de sistemas políticos e educacionais para formar cidadãos com compreensão crítica sobre os fenômenos da comunicação. 

À luz da globalização e da explosão das TIC, a Declaração de Grünwald foi reforçada no âmbito internacional por especialistas (em informação, comunicação e mídia), por gestores educacionais, por professores e pesquisadores, representantes de ONGs e profissionais de mídia de todas as regiões do mundo, que se reuniram em Paris em 2007. As deliberações dessa reunião de dois dias fizeram nascer doze recomendações para educação em mídia (Media and Information Literacy - MIL).

Reconhecendo a ligação estreita entre a alfabetização midiática e a alfabetização informacional, a UNESCO redirecionou sua estratégia para tratar da MIL como um conceito composto. Além disso, deixou de usar a expressão "educação em mídia" nesse contexto, de modo a evitar a confusão com estudos de mídia de nível superior. A Organização vem, desde então, apoiando inúmeras iniciativas de engajamento em MIL como um movimento de educação cívica e uma ferramenta de aprendizagem ao longo da vida. Leia mais sobre a estratégia em MIL.

Para mais informações em MIL, consulte os links abaixo (em inglês):

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