Economia criativa
© UNESCO\Dom João
As atividades do setor cultural agora contam com 6,1% da economia mundial. Elas geram uma renda anual de US$ 2,25 bilhões e quase 30 milhões de empregos no mundo, empregando mais pessoas com idades entre 15 e 29 que qualquer outro setor. A indústrias culturais e criativas se tornaram essenciais para o crescimento econômico inclusivo, reduzindo as desigualdades e colaborando para o desenvolvimento sustentável. Elas estão entre os setores que mais crescem no mundo.
No mundo interligado atual, é claro o poder da cultura de transformar as sociedades. Suas diversas manifestações – desde nossos estimados museus e monumentos históricos até práticas tradicionais e formas artísticas contemporâneas – enriquecem nossa vida diária de maneiras incontáveis.
Tanto o patrimônio cultural quanto a criatividade lançam suas bases para a construção de sociedades do conhecimento vibrantes, inovadoras e prósperas. O patrimônio cultural constitui uma fonte de identidade e coesão para as comunidades conturbadas por mudanças desorientadoras e instabilidade econômica. A criatividade contribui para a construção de sociedades abertas, inclusivas e pluralistas.
Somente uma abordagem centrada no ser humano para o desenvolvimento, baseada no respeito mútuo e no diálogo aberto entre as culturas, pode levar a resultados sustentáveis, inclusivos e equitativos. No entanto, até recentemente, a cultura não estava incluída na equação de desenvolvimento.
A UNESCO defende a cultura e o desenvolvimento, enquanto se une à comunidade internacional para definir políticas e estruturas legais claras e apoiar governos e partes interessadas nacionais a salvaguardar o patrimônio, fortalecer as indústrias criativas e incentivar a diversidade de expressões culturais de forma a garantir que a cultura ocupe um lugar legítimo nas estratégias e nos processos de desenvolvimento.
As Convenções da UNESCO na área de cultura
As Convenções da UNESCO na área de cultura oferecem uma plataforma global única para a cooperação internacional e estabelecem um sistema holístico de governança cultural com base em direitos humanos e valores compartilhados. Esses tratados internacionais buscam proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo, incluindo sítios arqueológicos antigos, o patrimônio imaterial e o subaquático, os acervos de museus, as tradições orais, bem como outras formas de patrimônio. Além disso, apoia a criatividade, a inovação e o surgimento de setores culturais dinâmicos.
- 2005 – Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais
- 2003 – Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial
- 2001 - The Convention on the Protection of the Underwater Cultural Heritage (não ratificada pelo Brasil)
- 1972 – Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural
- 1971 – Convenção sobre a Proteção dos Direitos Autorais e Diretos de Vizinhança (Convenção de Berna, 1886)
- 1970 – Convenção Relativa às Medidas a Serem Adotadas para Proibir e Impedir a Importação, Exportação e Transferência de Propriedades Ilícitas dos Bens Culturais
- 1954 – Convenção para a Proteção dos Bens Culturais em caso de Conflito Armado com Regulamento de Execução da dita Convenção
- Outros instrumentos internacionais da área de cultura