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Mapping the World

Educação: uma crise sem precedentes

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A deserted classroom at the Official Rural Mixed School in the Los Mixcos village of Palencia in Guatemala, April 2020.

Katerina Markelova, UNESCO

O fechamento de escolas e universidades em todo o mundo para impedir a propagação da pandemia da COVID-19 causou uma grande crise educacional, que atingiu seu pico em meados de abril de 2020. Entre 16 e 19 de abril, ocorreu o fechamento de escolas em mais de 190 países, o que afetou 1,57 bilhão de crianças e jovens – cerca de 90% de todos os estudantes. Durante a crise de saúde, a UNESCO monitorou a situação em âmbito mundial, publicando um mapa do fechamento das escolas em seu site.

A opção pela educação digital à distância – para a qual a grande maioria dos países se voltou, a fim de garantir a continuidade educacional – tornou o problema do abismo digital ainda mais evidente. Cerca de 826 milhões – metade dos estudantes de todo o mundo – não têm computadores em casa, e 706 milhões (43%) não estão conectados à internet. A falta de conectividade é particularmente preocupante na África Subsaariana, onde a proporção de jovens sem acesso à internet em casa chega a 80%.

Segundo uma recente pesquisa da UNESCO sobre as medidas tomadas por 59 países para mitigar o impacto do fechamento das escolas, apenas 58% dos países de baixa renda possuem plataformas de aprendizagem eletrônica (e-learning). Nos países que responderam à pesquisa (independentemente do nível de renda), 64% dos professores não possuem habilidades digitais suficientes para oferecer educação online de forma eficaz. Esse também é o caso de 80% dos pais e 48% dos estudantes.

A seção Circunavegação examina algumas das iniciativas para expandir a conectividade, adotadas no âmbito da Coalizão Global de Educação, lançada pela UNESCO em 26 de março de 2020. Mais de cem instituições dos setores público e privado reuniram sua expertise para oferecer soluções rápidas, gratuitas e apropriadas para países que não possuem a tecnologia, os conteúdos ou as habilidades necessárias para o ensino a distância.


© UNESCO

Este mapa mostra a extensão total do fechamento de escolas em todo o mundo no auge da crise (em 17 de abril de 2020). Também mostra algumas das ações tomadas pelos membros da Coalizão Global de Educação em apoio à educação a distância. 

Exemplos de ações da Coalizão para expandir a connectividade: 

● A operadora de telefonia móvel Orange forneceu acesso gratuito à internet para conteúdo educacional digital na África Subsaariana: Burkina Faso, Guiné, Mali, República Democrática do Congo; e nos Estados Árabes: Egito, Jordânia, Marrocos e Tunísia.

● No Gabão, a UNESCO treinou 60 supervisores educacionais de escolas primárias e secundárias para projetar cursos online. Os cursos produzidos no âmbito do projeto Train My Generation: Gabon 5000 (Treine minha geração: Gabão 5000) também foram disponibilizados para o governo.

● No Líbano, a UNESCO e a organização Education Cannot Wait, com apoio do governo francês, forneceram ao Ministério da Educação e Ensino Superior conteúdos de aprendizagem online para professores e estudantes. Quase 300 cursos em vídeo de matemática, ciência e francês, oferecidos pela Réseau Canopé, da França, estão disponíveis na plataforma online lançada pelo Ministério.

● Em Samoa, a empresa de telecomunicações Vodafone forneceu a cerca de 80 mil estudantes um cartão SIM gratuito, que inclui acesso ilimitado a dados 4G para uma série de sites educacionais aprovados.

● A UNESCO e vários parceiros da Coalizão – incluindo Moodle, Khan Academy, e Lark – organizaram treinamentos online para que professores pudessem desenvolver as habilidades necessárias para implementar cursos online em cinco países das Ilhas do Pacífico: Kiribati, Nauru, Papua-Nova Guiné, Samoa e Tonga.

 

Leia mais:

Professores que mudam o mundo, O Correio da UNESCO, out./dez. 2019

Ajudar os docentes a ajudar os refugiados, O Correio da UNESCO, out./dez. 2018

Construir vidas novas, usando tecnologia móvel, O Correio da UNESCO, out./dez. 2018

 

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