Os Fóruns Temáticos e de Melhores Práticas serão organizados em torno dos quatro dias temáticos: 5, 6, 7 e 8 de outubro.
Esses fóruns irão reunir as melhores práticas e parceiros interessados na paz e no desenvolvimento sustentável, a fim de desenvolver em uma escala maior os projetos e as iniciativas que se revelaram bem-sucedidos no continente africano, em âmbito local, nacional ou sub-regional.
Eles pretendem estimular a implementação de Iniciativas Emblemáticas para a África e irão culminar no último dia, com o Lançamento da Aliança de Parceiros para a Cultura de Paz na África.
Este tema ecoa, celebra e acompanha o Ano de 2021 da União Africana: “Artes, cultura e patrimônio: alavancas para construir a África que nós queremos”. Também ressoa com a Aspiração 5 da Agenda 2063 e com o Ano Internacional da Economia Criativa para o Desenvolvimento Sustentável. Explora recentes entendimentos sobre como as artes, a cultura e o patrimônio interagem com os conflitos, a reconciliação e os esforços para construir sociedades mais pacíficas na África. Além disso, destaca as maneiras pelas quais artistas, criativos e profissionais do patrimônio estão colaborando para prevenir, mitigar e apoiar a recuperação dos efeitos dos conflitos, das desigualdades e da pandemia da COVID-19 e, portanto, contribuindo para a paz.
Este fórum é desenvolvido em torno dos seguintes subtemas:
- Apoio aos artistas e às indústrias culturais e criativas africanas para uma recuperação econômica inclusiva e sustentável.
- Prevenção de conflitos, redução de riscos e construção da paz por meio do Patrimônio Cultural Imaterial Africano.
- Reengajamento com a história, as artes e os valores culturais em educação para promover uma nova narrativa para a África.
- Proteção e promoção do Patrimônio Cultural e Natural africano.
A África é o continente que tem passado pelo mais forte crescimento demográfico das últimas décadas, com uma tendência que deverá atingir 2,5 bilhões de pessoas em 2050 e 4,3 bilhões em 2100. Esse forte crescimento demográfico faz da África o continente mais jovem de todos. Já em 2020, de uma população de 1,3 bilhão, a proporção de jovens no continente era de 60%. Enquanto o resto do mundo irá envelhecer de forma gradual, a África continuará a se tornar mais jovem.
Este tema deverá estar integrado com a implementação da Estratégia Operacional da UNESCO sobre Juventude (UNESCO’s Operational Strategy on Youth 2014-2021), assim como com a Carta da Juventude Africana (African Youth Charter), o Roteiro da União Africana para Aproveitar ao Máximo o Dividendo Demográfico ao Investir na Juventude (AU Roadmap on Reaping the Full Benefit of the Demographic Dividend by Investing in Youth) e a Agenda 2063, em especial sua Aspiração 4, que se relaciona a “uma África pacífica e segura”.
Este tema é desenvolvido em torno dos seguintes subtemas:
- Promoção e estímulo ao envolvimento cívico da juventude – Educação para a Paz, para a Cidadania Global (ECG) e para o Desenvolvimento Sustentável (EDS).
- Empregabilidade, empreendedorismo e empoderamento econômico juvenil, inclusive nas indústrias culturais e criativas e nas economias verde e azul.
- Introdução à visão jovem e à inovação social para o desenvolvimento sustentável e a coesão social.
- Juventude e o papel do esporte para a coesão social e a paz.
A África está passando por níveis mais elevados de crescimento econômico e bem-estar ao longo dos anos, mas a insegurança, as crescentes desigualdades em diferentes aspectos da vida, além dos desastres naturais e causados pelo ser humano persistem em muitas partes do continente. Como muitos países africanos participam de forma ativa e se beneficiam da globalização das economias, da modernização das sociedades e das normas, bem como do desenvolvimento e da disseminação das novas TIC, a pobreza e a injustiça social continuam a afetar suas sociedades. Isso, por sua vez, alimenta o descontentamento entre as populações, especialmente os grupos marginalizados, assim como a desconfiança entre as pessoas e seus sistemas de governança, produzindo obstáculos significativos para o cumprimento da Agenda 2030. A atual pandemia da COVID-19 e os impactos multifacetados da mudança climática também aprofundaram as divisões sociais.
Este tema é desenvolvido em torno dos seguintes subtemas:
- Contribuição das mulheres africanas para a paz e a segurança.
- Combate às desigualdades sociais, à xenofobia, à estigmatização e à discriminação.
- Ciência, tecnologia e inovação para combater crises e pandemias.
- Afrodescendentes, diásporas e o futuro da paz na África.
Os oceanos apresentam uma grande oportunidade para o crescimento da economia (azul) e dos empregos na região, se forem devidamente aproveitados (maximizando os benefícios) e administrados de forma adequada (minimizando os desafios). De forma oportuna, o Tema 4 está relacionado com a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, de âmbito global, que foi iniciada em 1º de janeiro de 2021. A Década oferece uma oportunidade para mobilizar os stakeholders dos oceanos na região para garantir que a África aproveite a ciência e a pesquisa oceânicas para utilizar de forma otimizada seu relevante potencial de economia azul, que é a nova fronteira para o desenvolvimento.
O Tema 4 é desenvolvido em torno dos seguintes subtemas:
- Oceanos de Paz e Oportunidade – recursos, dividendo demográfico, paridade de gênero, economia azul, cooperação científica e diplomacia, cooperação Sul-Sul.
- Novas experiências rumo ao desenvolvimento sustentável – turismo costeiro e patrimônio subaquático, gestão de resíduos.
- O oceano, os pequenos Estados insulares em desenvolvimento (SIDS) e os desafios de adaptação à mudança climática.