Plenary Meeting

Sobre as Iniciativas da Juventude

Processos de Juventude & Paz Africanos – Por que é importante falar sobre isso?

As pessoas jovens formam o maior grupo populacional da África e, até 2030, 42% da população do continente terá entre 15 e 24 anos de idade. Esses não são dados a serem ignorados – sobretudo quando se considera o grande potencial desse grupo para promover a cultura de paz e não violência. Na verdade, o papel da juventude em alcançar a paz e a segurança é agora um aspecto importante das agendas políticas mundiais, regionais, nacionais e locais.

 

Principais dados sobre a juventude africana
Mais de 900 milhões

de pessoas com menos de 30 anos de idade em 2020 na África

200 milhões

de pessoas entre 15 e 24 anos de idade na África

42%

da população africana terá entre 15 e 24 anos de idade até 2030

12 milhões

de pessoas jovens entram no mercado de trabalho africano a cada ano

"Reconhecemos a importância de nossas vozes apenas quando somos silenciados"
Malala Yousafzai, ativista de direitos humanos
Youth

De acordo com o Artigo 17 da Carta da Juventude Africana, os jovens líderes africanos têm uma importante responsabilidade e capacidade de curar as cicatrizes físicas e psicológicas que resultam dos conflitos armados, das guerras e da violência entre os povos – um papel que definitivamente vai além da retórica. É admirável e deve ser fortalecida a capacidade significativa dos jovens de fomentar a construção da paz, a prevenção e a resolução de conflitos por meio da “promoção de aprendizagem intercultural, educação cívica, tolerância, educação para os direitos humanos e a democracia, respeito mútuo pela diversidade cultural, étnica e religiosa, importância do diálogo e da cooperação, responsabilização, solidariedade e cooperação internacional”.

Ao mesmo tempo que a juventude é o maior recurso humano da África, ela é também o grupo que mais sofre com o desemprego e a exclusão socioeconômica. Então, por outro lado, reconhecer sua marginalização é fundamental para a elaboração de políticas direcionadas, considerando que aquele é um fenômeno prejudicial à construção de uma paz sustentável e ao combate ao extremismo violento como e quando condutor ao terrorismo.

Youth
Empoderar a juventude para o envolvimento ativo
Youth

Remover os obstáculos estruturais à participação efetiva dos jovens é essencial para o envolvimento e a participação efetivos deles e delas no estabelecimento de uma paz e uma reconciliação duradouras, bem como nos processos de desenvolvimento nacional e da diáspora.

Para capacitar o envolvimento cívico e a participação da juventude africana nessas jornadas, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) incentiva e apoia uma miríade de iniciativas. A Rede Pan-Africana de Jovens para uma Cultura de Paz (Panafrican Youth Network for a Culture of Peace – PAYNCoP), por exemplo, foi criada em dezembro de 2014 e está ativa até hoje. Cerca de 60 membros fundadores, incluindo muitos Conselhos de Juventude Africanos, Organizações de Juventude e Redes da Diáspora, se juntaram à Fundação para a Paz e a Reconciliação (Foundation for Peace and Reconciliation – WPDI) do enviado especial da UNESCO, Forest Whitaker, a fim de mobilizar os recursos necessários para que os jovens líderes permaneçam envolvidos de forma ativa nos processos pacifistas, desde sua estruturação até sua implementação e monitoramento.

Juventude africana do mundo, una-se!
Youth

O Compromisso da Juventude Africana para a Cultura de Paz (Commitment of African Youth for the Culture of Peace), assinado em 2019 pelos jovens líderes proeminentes que participaram da primeira edição da Bienal de Luanda, reconhece que a diáspora constitui uma parte intrínseca do movimento para uma África mais pacífica – tanto como agentes ativos de mudança como beneficiários dos esforços.

No que diz respeito ao seu envolvimento cívico, os jovens da diáspora africana representam uma força política cujo poder de moldar o discurso e a ação nacionais em questões importantes – como a pacificação e a prevenção de conflitos – deve ser considerado. Sobretudo com o advento da globalização e das mídias sociais, os jovens da diáspora têm desenvolvido uma capacidade significativa de exercer pressão para influenciar o comportamento dos governos nacionais, e isso deve ser aproveitado.

Com a segunda edição da Bienal de Luanda, mais uma vez os jovens líderes africanos da diáspora se juntaram a representantes de todos os países africanos para contribuir, conceber e implementar soluções políticas criativas para a cultura de paz e não violência, no marco de ação do Diálogo intergeracional.

Youth