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Acesso aberto para facilitar a pesquisa e a informação sobre a COVID-19

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Diante da pandemia COVID-19, são essenciais o valor e a necessidade das soluções tecnológicas abertas. O acesso aberto a informações científicas e dados abertos facilita, melhora e agiliza a pesquisa em relação a uma vacina e informa medidas de saúde pública essenciais para conter a propagação do vírus. Os Recursos Educacionais Abertos (REA) mantêm os cidadãos atualizados e informados sobre o vírus, e ajudam a garantir sua conformidade com os conselhos de saúde pública, permitindo que a aprendizagem continue à distância. Para mais informações, clique aqui

Com base no seu mandato atual de garantir o acesso universal à informação, a UNESCO, em apoio a várias organizações profissionais, dispõe de várias ferramentas e promove várias iniciativas para explorar o poder das soluções abertas no combate à COVID-19.

Em 30 de março de 2020, a UNESCO organizou uma reunião online de representantes de ministérios da ciência de 122 países para trocar opiniões sobre o papel da cooperação internacional em ciência e aumentar o investimento no contexto da COVID-19. Durante a reunião, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, pediu aos governos que reforcem a cooperação científica e integrem a ciência aberta em seus programas de pesquisa para prevenir e mitigar crises mundiais.

Equilíbrio no compartilhamento de dados úteis com direito à privacidade

Dados pessoais acerca de saúde e geolocalização, podem ser medidas importantes tomadas contra a COVID-19, inclusive para o mapeamento da localização e da disseminação da doença, avaliando o impacto das medidas do governo para conter a propagação do vírus e fornecendo informações direcionadas em áreas de alto risco.

No entanto, o uso de dados pessoais pode infringir o direito à privacidade, por essa razão, é necessário equilibrar a necessidade do uso desses dados. Várias convenções, declarações, marcos éticos e declarações internacionais reconhecem essa questão e estabelecem diretrizes para lidar com dados em situações de crise de saúde pública. Alguns desses instrumentos legais importantes são as orientações da Organização Mundial da Saúde para vigilância durante uma pandemia de gripe (guidance for surveillance during an influenza pandemic), que descreve os requisitos de dados e as estratégias de vigilância. Uma declaração de apoio também pode ser encontrada no Relatório do Comitê Internacional de Bioética da UNESCO sobre Big Data e Saúde (Big Data and Health), que incentiva agências internacionais a desenvolverem estruturas éticas para proteção de dados e privacidade, que promovam o acesso aberto e o uso de Big Data para o bem comum. O Regulamento Geral sobre Proteção de Dados (GDPR) tem várias implicações para a pesquisa em saúde internacional envolvendo a coleta, o uso e o compartilhamento transfronteiriço de dados pessoais das pessoas, mas inclui exceções em que o compartilhamento de dados é do interesse da saúde pública.
 

UNESCO e parceiros 

A plataforma Coronavirus Watch, llançada pelo Centro de Categoria II da UNESCO, o International Research Centre on Artificial Intelligence (IRCAI), na Eslovênia, fornece uma visão global do status da pandemia. Ao resumir o conhecimento coletivo do mundo sobre o vírus, incluindo o número de casos e o relatório da mídia em cada país, a plataforma CURE fornece uma visão geral da situação e permite ao público se manter atualizado, além de sintetizar estatísticas em gráficos mais compreensíveis, facilitando a compreensão do público em geral a respeito da evolução do vírus.

Ciência Aberta é essencial para lutar contra a COVID-19

É necessário que a comunicação científica seja transparente e aberta, sem violar a privacidade das pessoas. É imperativo alavancar inovações científicas e apoiar princípios de abertura e inclusão em processos que geram soluções para a grave ameaça à saúde que, provavelmente, trará dificuldades significativas à humanidade.

A comunicação científica, a pesquisa e os dados oferecem os principais blocos de construção para criar novos conhecimentos científicos. É importante reconhecer que a criação de novos conhecimentos científicos para lidar com o gerenciamento de riscos de emergência depende da criação de um campo aberto e nivelado, bem como do fornecimento de acesso e compartilhamento incondicionais de conteúdos, tecnologias e processos científicos para toda a comunidade científica de países desenvolvidos e em desenvolvimento. O acesso a dados verificados e revisados por pares, a artigos de periódicos e a livros de registro de laboratório é, portanto, fundamental para encontrar uma cura contra essa crise em curso. Informações verificadas e pesquisas científicas também podem manter o público atualizado sobre essa situação, bem como reduzir os possíveis medos causados por ignorância ou desinformação.

UNESCO e parceiros

Para cientistas e instituições que desejarem disseminar seus materiais de relevância para a COVID-19, a virologia e à saúde pública, mas não têm certeza sobre como fazê-lo de maneira concreta, a UNESCO fornece um guia bastante útil: Open Access curricula for librarians and researchers. Os módulos explicam os objetivos, os processos, os tipos de limitações existentes da Comunicação Acadêmica de Acesso Aberto, que incluem ideias sobre DPI, os métodos e as limitações do processo de revisão por pares e os conceitos e papéis exercidos por periódicos eletrônicos, bancos de dados e TIC. O módulo final, intitulado “Sharing your Work in Open Access” (compartilhar seu trabalho em acesso aberto), é uma orientação passo a passo sobre a publicação de trabalhos de pesquisa em Acesso Aberto.

Para as organizações de pesquisa e Estados-membros, as "Diretrizes para políticas de desenvolvimento e promoção do acesso aberto" facilitam a compreensão dos aspectos mais importantes do Acesso Aberto, para que possam avaliar suas próprias situações com relação à comunicação acadêmica em Acesso Aberto e selecionar políticas apropriadas e vinculá-las aos seus sistemas nacionais de pesquisa..

A plataforma Covid-19 Universal REsource gateway (CURE) foi criada pelo Instituto Estatístico Indiano (ISI) e a Redalyc, no México. A plataforma agrega informações verificadas sob licença aberta, sobre todo o ciclo de vida da pandemia de diferentes fontes, facilitando o acesso da comunidade científica e do público em geral a informações relevantes e precisas sobre o vírus.

A UNESCO tem apoiado esforços para o acesso aberto do conhecimento científico por meio de nossos parceiros, como a International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA). A UNESCO esta apoiando o apelo da IFLA e seus parceiros (call of IFLA and its partners) para garantir o acesso aberto à informação científica, particularmente nesta época tão crucial quando o mundo precisa trabalhar coletivamente para encontrar vacinas e tratamentos para o coronavírus.

Uso de Recursos Educacionais Abertos (REA) para manter os estudantes engajados em seus estudos em casa

Dado que a pandemia causou o fechamento generalizado de escolas em 185 países e 89,4% dos estudantes foram obrigados a ficar em casa, os REA são importantes para complementar as aulas online formais e até mesmo servir, temporariamente, como principal forma de educação para aqueles que não conseguem acessar recursos de aprendizagem online. Muitas instituições de ensino, escolas e editoras abriram seus recursos para que os estudantes em isolamento social continuem aprendendo, que, de outra forma, não teriam acesso a recursos de aprendizagem no momento. A UNESCO também identificou vários cursos MOOC e Recursos Educacionais Abertos (REA), que podem oferecer cursos online e conteúdo de aprendizagem autodirigido por meio de plataformas para celulares e computadores.

UNESCO e parceiros

No marco da Recomendação da UNESCO sobre REA (UNESCO OER Recommendation), aprovada pelos Estados-membros da UNESCO em novembro de 2010, a UNESCO está aumentando a cooperação com a Comunidade de REA (OER Community) para apoiar as licenças abertas de materiais de ensino e aprendizagem. A UNESCO fez uma apelo para a Comunidade de REA que trabalha na implementação da Recomendação de REA da UNESCO para coletar e compartilhar informações sobre os recursos relacionados à COVID-19 para apoiar a aprendizagem durante a crise dessa pandemia.

Para mais informações sobre o trabalho da UNESCO em REA, visite a página Fighting COVID-19 through digital innovation and transformation.

 

Outros apelos para soluções abertas de informação científica

UNESCO e parceiros:

  • A question of survival - and example for an open society. O Comitê Executivo da Comissão Alemã da UNESCO emitiu uma declaração que enfatiza que a ciência aberta é uma questão de sobrevivência e necessária para a superação da pandemia. A declaração pede à comunidade científica que tire lições da experiência atual para informar seus futuros esforços de pesquisa e que os órgãos da administração científica considerem essa abertura em seus futuros financiamentos de pesquisa. A Comissão Alemã também agradece à UNESCO por sua liderança em Ciência Aberta, particularmente por meio de uma futura Recomendação.
  • Open Access curricula for librarians and researchers: um conjunto completo composto por cinco módulos de capacitação em em Acesso Aberto para pesquisadores e quatro módulos de capacitação em Acesso Aberto para escolas de biblioteconomia.
  • Diretrizes para políticas de desenvolvimento e promoção do acesso aberto. As diretrizes facilitam a compreensão dos aspectos mais importantes do Acesso Aberto para que possam avaliar suas situações em relação à comunicação acadêmica no Acesso Aberto, selecionar políticas apropriadas e vinculá-las aos seus sistemas nacionais de pesquisa.
  • Indian Statistical Institute (ISI), na Índia, Redalyc, no México, e Covid-19 Universal REsource gateway (CURE).  A plataforma agrega informações variadas de diversas fontes, com licenças abertas, sobre todo o ciclo de vida da pandemia, proporcionando à comunidade científica e ao público em geral o acesso a informações relevantes e precisas sobre o vírus. 

Outros parceiros:

  • Assessores governamentais de ciência de doze países divulgaram uma carta aberta (open letter), pedindo a editores científicos que tornem todas as pesquisas relacionadas ao coronavírus e à COVID-19 disponíveis de forma mais livres por meio do PubMed Central, um arquivo gratuito de pesquisas médicas e de ciências da vida, ou por meio de outras fontes, como banco de dados COVID da Organização Mundial da Saúde. Os doze países são: Austrália, Brasil, Canadá, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Cingapura, Coréia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.
  • Creative Commons enfatizou novamente sua mensagem que pede que todas as organizações financiadas pelo poder público devem: 1) Aprovar as políticas de acesso aberto que requerem que as pesquisas financiadas pelo poder público fossem disponibilizadas pela licença aberta (open license, por exemplo CC BY 4.0), ou dedicada ao domínio público. 2) Garantir que todos os recursos educacionais (como vídeos, infográficos e outras ferramentas online) sejam também publicadas com licenças abertas para facilitar a disseminação de informações confiáveis e práticas ao público. A Coalizão Internacional de Consórcios de Biblioteca (International Coalition of Library Consortia - ICOLC) emitiu uma declaração sobre o impacto da pandemia nos serviços e recursos das bibliotecas (Statement on the Global COVID-19 Pandemic and Impact on Library Services and Resources), para ajudar as editoras e provedores de conteúdos a compreender o quanto a COVID-19 afeta a comunidade da informação. Além disso, sugere algumas ações para as editoras levarem em consideração, inclusive criar conteúdo de dados atuais em paywalls somente de assinatura com Acesso Aberto, remover e renunciar aos limites do usuário e mais ações para expandir o Acesso Aberto durante esse período.
  • As Data Together Organisations (CODATA, GO FAIR, RDA, and WDS), em reconhecimento à necessidade de acesso controlado a dados de qualidade para respostas científicas e políticas durante tempos de crise lançaram o apelo COVID-19 Appeal and Actions. As ações delas incluem mostras de criação e lançamento dos FAIR data related to COVID-19, que definem diretrizes detalhadas sobre o compartilhamento e reutilização de dados, preparo para resiliência futura ao tratar de questões críticas de acesso de dados, interoperabilidade e reuso entre domínios, disciplinas e fronteiras institucionais. 
  • A declaração pública, Public Statement of Library Copyright Specialists: Fair Use & Emergency Remote Teaching & Research, recentemente publicada pelo grupo de bibliotecários especialistas em direitos autorais de faculdades e universidades de várias partes dos Estados Unidos, esclarecem como o uso justo aplica-se em circunstâncias excepcionais, assim como a situação atual.