<
 
 
 
 
×
>
You are viewing an archived web page, collected at the request of United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) using Archive-It. This page was captured on 16:16:15 Mar 17, 2022, and is part of the UNESCO collection. The information on this web page may be out of date. See All versions of this archived page.
Loading media information hide

Biodiversidade no Brasil

O Brasil abriga uma das maiores biodiversidades do mundo (integra o grupo dos 17 países megadiversos) e, nos últimos anos, iniciou processo de consultas para definição de políticas públicas capazes de implementar práticas sustentáveis em escala no país. Dessa forma, o país tem responsabilidade particular nesse processo de mudança de conceitos.

O estabelecimento de áreas de proteção é um dos instrumentos mais efetivos para a conservação da biodiversidade. Em decorrência disso, há grande esforço nacional para criação e consolidação dessas áreas. Esses marcos têm sido inovadores no que diz respeito à possibilidade de participação da comunidade na tomada de decisão e de empregar mecanismos financeiros que viabilizem o sistema e incentivem a conservação dos ambientes naturais. Atualmente, o país conta com pouco mais de 1.600 Unidades de Conservação (UCs) federais, estaduais e privadas, que protegem 16% do território continental e 0,5% de área marinha, perfazendo 1.479.286 de quilômetros quadrados.

Entre os múltiplos desafios para a consolidação das UCs no Brasil, especialmente daquelas que integram zonas núcleo de reservas da biosfera brasileiras, estão a criação e a organização de mercados para produtos coletados de forma sustentável, fortalecendo as cadeias produtivas de base comunitária, o empreendedorismo na área de turismo ecológico e o incentivo à transição para uma economia de baixo carbono. Além disso, iniciativas de pagamentos por serviços ambientais, mecanismo gerador de renda e de incentivo ou compensação à conservação ambiental, visam a estimular o desenvolvimento das UCs.

A UNESCO tem contribuído para a consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – particularmente no que se refere às áreas reconhecidas como Reservas da Biosfera e Sítios do Patrimônio Mundial Natural –, por meio de cooperação técnica e da captação de recursos para projetos com foco nessas áreas.

Conservar a biodiversidade é vida

A biodiversidade é crucial para a redução da pobreza e para a promoção do desenvolvimento sustentável, com vistas à provisão de produtos básicos e de serviços ecossistêmicos. Mais de 1,3 bilhão de pessoas dependem da biodiversidade e de serviços e produtos ecossistêmicos básicos para sua subsistência. As Reservas da Biosfera da UNESCO são lugares ideais para se testar e demonstrar abordagens inovadoras de desenvolvimento sustentável, que reconciliam a conservação da diversidade biológica e cultural com o desenvolvimento socioeconômico. Elas também contribuem para a transição em direção à economia verde, por meio de experimentos com opções de desenvolvimento verde, construídos também com base no conhecimento autóctone para o desenvolvimento sustentável. Exemplos desses experimentos são o turismo sustentável e o treinamento para empregos verdes. O valor econômico da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos deve ser considerado nas políticas e nas abordagens da economia verde.

Dia Internacional da Diversidade Biológica

A Convenção sobre Diversidade Biológica é o instrumento internacional normativo para “a conservação de sua diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos”, que foi ratificada por 196 países.

    Dada a importância da educação pública e da conscientização da implementação dessa Convenção, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 22 de maio, a data da aprovação de seu texto, como o Dia Internacional da Diversidade Biológica por meio da Resolution 55/201, de 20 de dezembro de 2000.

    A biodiversidade é vida e também uma condição fundamental para a resiliência dos ecossistemas, capaz de se adaptar a uma mudança ambiental e a desafios inesperados. A biodiversidade é tão necessária para a natureza e a humanidade quanto a diversidade cultural para a construção de sociedades mais fortes e resilientes, equipadas com mecanismos que precisam para enfrentar os desafios da atualidade e do futuro. Precisamos promover a cultura da diversidade em todas as suas formas como uma oportunidade e um fortalecimento para todos. Essa é uma condição fundamental para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

    Por mais de 70 anos a UNESCO tem trabalhado para promover o conhecimento científico e a cooperação na área da biodiversidade e dos ecossistemas, como as florestas tropicais, os oceanos e as montanhas. Recentemente, o efeito das atividades humanas – ampliado pelo crescimento populacional e pela mudança climática – tem reduzido profundamente a biodiversidade nos ecossistemas de todo o mundo.

    Saiba mais: