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Construir a paz nas mentes dos homens e das mulheres

Zoom

Dominique Roger: “A UNESCO me ofereceu o mundo”

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Dominique Roger, fotografada pelo cinegrafista da UNESCO Alexis Vorontzoff. “Era sempre por meio de mulheres ou crianças que tornava-se possível entrar em uma aldeia”, escreveu Roger, que primeiramente estabelecia contato com seus ‘modelos’ sem sua câmera

Fotos: UNESCO/Dominique Roger
Texto: Katerina Markelova, UNESCO

No dia 4 de novembro de 1966, uma acqua alta – maré excepcionalmente alta que inunda Veneza de tempos em tempos – rompeu os diques costeiros e afogou a cidade em mais de um metro de água. Após um apelo à solidariedade internacional, lançado pela UNESCO, países de todo o mundo vieram ao resgate dessa maravilha arquitetônica.

Enviada ao local pela Organização, Dominique Roger relatou os esforços realizados para salvar os monumentos e afrescos de Veneza que, na época, ainda não haviam sido inscritos na Lista do Patrimônio Mundial.

Ao longo de seus 30 anos de carreira, a fotógrafa – que foi chefe da unidade de fotografia da UNESCO de 1976 a 1992 – registrou as ações da Organização em imagens, tanto na Sede como em suas várias missões ao redor do mundo. 

Do recital da cantora sul-africana Miriam Makeba, em 1978, até as primeiras implantações de sensores submarinos pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) e às campanhas de alfabetização em Cabo Verde, no Irã e no Peru, a fotojornalista ilustrou o que a Organização faz no dia a dia, em Paris e no resto do mundo. As fotografias de Roger são um testemunho essencial e uma contribuição significativa para a memória visual da UNESCO.

“A Organização me ofereceu o mundo e contribuiu para me tornar consciente das diferenças, das desigualdades, de ‘ter esperança contra todas as expectativas’, em poucas palavras; dos ‘Outros’”, escreveu a fotógrafa em seu livro Un chemin vers la paix (Um caminho para a paz, 2016). Uma edição anglo-espanhola foi publicada em 2018. 

Ao longo dos anos, O Correio da UNESCO dedicou muitas páginas às fotografias de Dominique. O seu trabalho também tem figurado em várias exposições internacionais..

Esta retrospectiva marca o 75º aniversário da Constituição da UNESCO, que entrou em vigor em 4 de novembro de 1946.

Restauração do alpendre das Cariátides no Erecteion, 1968. Em 1977, a UNESCO lançou uma campanha para a restauração e conservação dos Monumentos da Acrópole, que foram devastados por séculos de guerra, terremotos, incêndios, danos causados pela água, poluição do ar e turismo em massa.

Escultura de um querubim sendo limpa em uma oficina de restauração no Palazzo Davanzatti, Florença, 1967, como parte de uma campanha internacional lançada pela UNESCO para a salvaguarda e restauração dos bens culturais de Florença, danificados pela enchente de 4 de novembro de 1966.

Recital da cantora, compositora e ativista de direitos civis, a sul-africana Myriam Makeba, em uma noite para marcar o lançamento oficial do Ano Internacional Antiapartheid na Sede da UNESCO, em Paris, 21 de março de 1978.

Agricultores de Tassette, no Senegal, discutem suas preocupações em um programa educacional de rádio rural, 1971.

Aula de alfabetização de adultos voltada para o trabalho, Equador, 1967. “Para mim, um fotógrafo de 35 anos de idade em 1967, nada era mais comovente do que a alfabetização das pessoas mais velhas. Esse rosto envelhecido, curvado sobre seu caderno à luz de uma lamparina a óleo, em uma cabana perdida, foi, e continua sendo, um momento perfeito de contemplação de uma pintura ”, escreveu Dominique Roger.

Leia mais:

Impressions of Venice, The UNESCO Courier, Apr. 1988 
Save Venice, The UNESCO Courier, Dec. 1968 
Literacy, stairway to development, The UNESCO Courier, Apr. 1968 
Abu Simbel: now or never, The UNESCO Courier, Oct. 1961

 

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