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Construir a paz nas mentes dos homens e das mulheres

Professores que mudam o mundo

Para demonstrar um compromisso que vai muito além do que geralmente é exigido pela profissão, seja por escolha ou porque o contexto exige. É isso que os professores apresentados neste número de O Correio – por ocasião do  Dia Mundial dos Professores, celebrado em 5 de outubro – têm em comum .

Foto: Uma escola única em Montreal, o Centre d'intégration scolaire recebe estudantes com graves dificuldades de aprendizado. Para restaurar seu desejo de aprender, os professores devem mostrar empatia, mas também criatividade.. 

Localizada entre dois pilares do metrô elevado em Nova Deli, na Índia, está a escola fundada por Rajesh Kumar Sharma. Ela oferece educação gratuita para crianças das favelas vizinhas que não podem se dar ao luxo de ir à escola, e aulas particulares para aquelas que podem, mas precisam de mais ajuda. Saturnin Serge Ngoma também trabalha em condições precárias. Em sua escola La Poudrière, em Brazzaville, no Congo, os 76 alunos a quem ele ensina todos os dias têm de compartilhar mesas e livros didáticos. Zhang Yugun renunciou aos confortos da vida na cidade. Nos últimos 18 anos, ele tem lecionado em uma escola remota, em meio às montanhas da província de Honã, na China.

Construir a confiança é essencial quando os professores se deparam com crianças que tiveram vidas conturbadas, insiste Mohamed Sidibay, ma ex-criança-soldado de Serra Leoa. Esse é o tipo de trabalho paciente realizado por professores do Centre d’intégration scolaire, em Montreal, no Canadá, com estudantes que não conseguem lidar com o sistema escolar tradicional. Ou, em um contexto muito diferente, os alunos da escola Juan Luis Vives school, localizada dentro da prisão de Valparaíso, no Chile.

O sonho de um arquivista é encontrar um documento esquecido. Isso é exatamente o que aconteceu quando os acervos audiovisuais da UNESCO foram transferidas para os arquivos da Organização. Em uma das gavetas estava um álbum de fotografias inéditas – acompanhadas de notas detalhadas – do grande fotógrafo David “Chim” Seymour, cofundador da agência Magnum. A história dessa descoberta das palavras e imagens de Seymour é mostrada na seção Zoom.

Cidade modernas, com suas vias de asfalto e torres de concreto e vidro, estão sendo duramente atingidas pelas ondas de calor cada vez mais frequentes dos últimos anos. Para projetar um habitat moderno, que seja mais bem adaptado a temperaturas extremas, por que não se inspirar na arquitetura tradicional dos países do Golfo, do Oriente Médio e da África? É isso que o professor Amin Al-Habaibeh recomenda nas páginas de Ideias.

Aos 90 anos, Nelly Minyersky é uma figura de destaque no movimento contra a violência de gênero e o feminicídio na Argentina. A “rainha verde”, como é chamada em homenagem à cor do lenço usado pelos defensores do aborto livre e seguro, é a Nossa convidada.

A seção Assuntos atuais deste número apresenta duas histórias. A primeira é sobre os habitantes de Quehue, no Peru, que todos os anos, em junho, participam de um antigo ritual para restaurar a ponte de corda que liga as duas margens do Rio Apurímac. O segundo artigo conta a história dos companheiros de navio originais que chegaram no Clotilda, o último navio negreiro norte-americano, e de seus descendentes, que continuam vivendo no Alabama, nos Estados Unidos, até hoje.

Agnès Bardon, editora-chefe em exercício

2019-4