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Construir a paz nas mentes dos homens e das mulheres

Educação: em busca de uma utopia necessária

Aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento a respeito dos outros, de sua história, tradições e espiritualidade. E a partir daí, criar um novo espírito que [...] conduza à realização de projetos comuns ou, então, a uma gestão inteligente e apaziguadora dos inevitáveis conflitos. Eis algo que, para alguns, pode parecer uma utopia que não deixa de ser necessária – inclusive, vital – para sair do ciclo perigoso alimentado pelo cinismo ou pela resignação”. Essa foi a recomendação do Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, presidida em 1996 por Jacques Delors, ex-ministro das Finanças da França e presidente da Comissão Europeia de 1985 a 1994. 

Duas décadas depois, ainda estamos buscando essa utopia – uma maneira criativa de se praticar a educação que forme a base de um novo espírito. Porém, como podemos chegar lá ?

Arte produzida em um worshop do Create Peace Project (Projeto Crie Paz), que envolve estudantes em todo o mundo na troca de mensagens de paz.
Arte produzida pelo Create Peace Project (Projeto Crie Paz) durante um workshop

O tema central deste número de O Correio, sob responsabilidade e edição de Mary de Sousa (Grã Bretanha), aborda essa questão sob diferentes ângulos. A educação pode, de fato, mudar a vida das pessoas? A resposta é “sim”, se ouvirmos o que tem a dizer Kailash Satyarthi (Índia), ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2014, que tirou 85 mil crianças indianas da escravidão por meio da educação e do emprego. E como podemos impedir que as escolas se tornem alvos em tempos de guerra? Usando sua experiência na área, o jornalista Brendan O’Malley (Reino Unido) nos oferece algumas pistas. É possível ensinar a paz? Os métodos do Centro Nobel da Paz em Oslo (Noruega), são um exemplo edificante.

Educação para uma cidadania global? Os currículos inovadores da Universidade de Harvard, elaborados pelo especialista venezuelano Fernando M. Reimers, provam que ela é possível. A fuga de cérebros é inevitável? De acordo com o especialista camaronês Luc Ngwé, é possível reverter essa situação de forma benéfica para todos. Por que é essencial recuperar a imagem as ciências sociais e das humanidades? Encontre respostas para essa pergunta no artigo de Jean Winand, professor da Universidade de Liège, na Bélgica.

Em março de 2018, celebraremos o 20º aniversário do Programa L’Oréal-UNESCO para Mulheres na Ciência. Jean-Paul Agon (França), presidente e diretor-executivo da L’Oréal, fala sobre o Programa, que até agora apoiou 2,7 mil mulheres pesquisadoras. Uma das laureadas de 2008 e também ganhadora do Prêmio Nobel de Química de 2009, a cristalógrafa Ada E. Yonath (Israel), discute seus temas favoritos em uma entrevista.

Professora Ada E. Yonath com placas usadas em experiências de cristalização.
Professora Ada E. Yonath com placas usadas em experiências de cristalização.

Duas outras figuras femininas notáveis estão conosco neste número – a personalidade de TV sudanesa-britânica Zeinab Badawi, que recentemente adaptou a História Geral da África da UNESCO em uma série de nove capítulos da BBC, e a jornalista e ativista de direitos humanos iemenita Tawakkol Karman, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2011.

Para concluir as páginas dedicadas ao Dia Internacional da Mulher (8 de março) em grande estilo, convidamos o leitor para uma viagem à China para descobrir a história do nushu – o único sistema de escrita conhecido que é reservado exclusivamente às mulheres.

Para marcar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto (27 de janeiro), O Correio revisita o discurso que o jurista e político Robert Badinter proferiu na UNESCO, em 2016, sobre o tema do antissemitismo ao longo da história. O autor também escreve sobre o assunto em profundidade em um artigo que explora as lições importantes que podem ser aprendidas.

Em sua edição de 2018, o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos se detém sobre as soluções baseadas na natureza (SbN). Estabelecendo uma ligação com o lançamento do Relatório no Dia Mundial da Água, 22 de março, O Correio explora os “títulos verdes” (green bonds) e os novos critérios de pontuação para eles, que poderiam transformar os mercados financeiros e impulsionar investimentos em SbN.

Para finalizar, O Correio leva o leitor em um tour pelos bastidores das estações de rádio em Mali para comemorar o Dia Mundial do Rádio (13 de fevereiro).  

Em 2018, O Correio da UNESCO celebra seu 70º aniversário. Nós convidamos o leitor a descobrir o começo dessa grande aventura, pelos olhos de Alan Tormaid Campbell (Reino Unido).

Jasmina Šopova, diretora editorial

 

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